Muitas vezes quando somos acometidos por alguma enfermidade recorremos imediatamente a um profissional de saúde, convictos de que irão resolver os nossos problemas. Este facto não é um fenómeno exclusivo nos países em desenvolvimento. Os profissionais de saúde em qualquer canto do mundo, sabem que cada doença é desafio e, por isso, reconhecem as suas limitações cognitivas e técnicas para lidar com enfermidades comuns em constantes metamorfoses. E não há algum sistema de saúde que esteja preparada, sozinha, para lidar com tal facto, por mais robusta que seja. É por isso que todos somos chamados a actuar como agentes de saúde, seja na nossa casa, no trabalho, na escola ou em qualquer lugar em que estejamos.
Nos grandes centros urbanos esta recomendação pode até não ser visível, mas é nas comunidades rurais onde pequenas acções de promoção à saúde fazem grandes diferenças porque, afinal, a escassez de recursos humanos e materiais para o sector de saúde é mais gritante nestas regiões. O sonho de serviços melhorados de saúde continua distante.
O projecto de Promoção a Saúde da Agência Suíça para o Desenvolvimento e Cooperação (SDC) implementado pela HELVETAS Moçambique e instituições do Governo, tem vindo a trabalhar com o Governo nos últimos 3 anos, apoiando os centros de saúde na construção e montagem de sistemas de abastecimento de água, aquisição de equipamentos de Higiene e Limpeza; consumíveis de escritórios entre outros bens. Para gerar mudanças reais e de forma holística nos distritos de Montepuez, Chiúre e Ancuabe, o projecto trabalha, também com as comunidades através dos Comités de Cogestão e outras estruturas comunitárias, capacitando-os para apoiarem na gestão das Unidades Sanitárias e acções de vigilância sanitária ao nível das comunidades. Esta abordagem está a contribuir para a melhoria dos serviços oferecidos aos utentes; redução de doenças e morbi-mortalidade, especialmente resultantes das más práticas de higiene, e melhor desempenho dos profissionais de saúde.
Albertina e Belinha, são duas senhoras de comunidades distintas, que partilharam connosco o significado destas mudanças nas suas vidas.
Albertina Celestina, utente do Centro de Saúde de Ntapata, distrito de Montepuez
Belinha Issa, utente no Centro de Saúde de Nairoto.