O que dizem os gestores das Unidades Sanitárias

REPORT.PHOTOS: Leonel Albuquerque

Passamos a investir mais tempo nos nossos paciente

«Sentimos satisfeitos por fazer parte do projecto porque permitiu-nos preparar localmente a lista das necessidades do Centro de Saúde e reduzir a dependência da sede distrital. Antes do projecto tínhamos de estar quase que frequentemente na sede, até mesmo para simplesmente fazer cópias de alguma documentação. Portanto, parte do nosso tempo que devíamos estar cuidando das pessoas, usávamos para tratar de assuntos administrativos. Mas com o fundo do projecto da HELVETAS, conseguimos ter material de escritório no nosso hospital. Temos papéis A4 que nos davam muita falta para passar receitas de medicamentos para os nossos doentes. Temos facilidade em ter sabão que ajuda muito a combater infecções intra-hospitar e manter o pessoal de saúde operacional, porque a ausência de um técnico de saúde significa um atraso no atendimento.»

Issa Andrade, gestor do Centro de Saúde de Intapata.

Issa Andrade, gestor do Centro de Saúde de Intapata

Reduzimos focos de contaminação de doenças

«Na questão de higienização, ganhamos muito com o projecto, porque quando a higiene é deficiente numa unidade sanitária, há um risco muito grande de contaminação, primeiro, entre os próprios doentes e, segundo, entre os profissionais de saúde e os pacientes, incluindo acompanhantes dos pacientes. Então, com a disponibilidade e utilização dos materiais de limpeza, combinado com o funcionamento dos furos e sistemas de água, reduzimos muito os focos de contaminação. Esta é a vantagem do projecto da HELVETAS»

Zura Bacar Abudo, gestora do Centro de Saúde de Mirate

Zura Bacar Abudo, gestora do Centro de Saúde de Mirate

Melhorou o serviço na maternidade

«O sofrimento acabou no que respeito a água potável. As nossas pacientes, como sabem, vem de longe e, a situação era difícil porque depois de darem partos tinham de ir ao rio buscar água e de seguida, procederem com a sua higiene pessoal. E nós os técnicos de saúde fazíamos contribuição para compra de combustível para a moto que nos ajudava a levar a água do rio para o hospital. Mas quando passamos a fazer parte do projecto, tudo mudou, passamos a ter água no hospital, jorrando em todas as torneiras que já tínhamos instalado. Actualmente, as gestantes vão imediatamente para o puerpério a seguir ao parto.»

Raul Júlio, gestor do Centro de Saúde de Nairoto

Raul Júlio, gestor do Centro de Saúde de Nairoto

Reforçamos as janelas do centro para evitar assaltos aos equipamentos hospitalares

«O projecto ajudou-nos a superar muitas dificuldades de aquisição de material de higiene e limpeza, materiais de escritório, pequenas reparações das instalações eléctricas, abastecimento de água e até mesmo a carpintaria. Antes de trabalharmos com o projecto dependíamos totalmente dos fundos do Serviço Distrital de Saúde Mulher e Acção Social (SDSMAS). Por exemplo, neste momento estamos aguardando os carpinteiros para concertarem as janelas arrombadas pelos ladrões. Pretendemos substituir os vidros por ripas. Achamos que desta forma não terão como entrar, nem o que quebrar. No que diz respeito ao abastecimento de água, estamos apenas aguardando que os canalizadores montem as torneiras, incluindo nas casas de banho.»

Marinela Quincardete, gestora do Centro de Saúde de Namanhumbir

Marinela Quincardete, gestora do Centro de Saúde de Namanhumbir